Julia Hissa
Por efeito de pulsões, o ser humano chega ás raias da agressividade; muito embora a agressividade esteja intrínseca nele, não conseguiu explicar na prática a origem de determinados delitos.
Não se pode considerar, então, que as atitudes delituosas se baseiam na tendência presente em alguns indivíduos. Daí que mais modernamente a Nova Criminologia tenta explicar a origem da delinquência , buscando a causa do efeito produzido: o crime.
Cesare Lombroso (1876) começa a especular o perfil do L'Uomo Delinquente; a eliminação da causa não seria suficiente para a consecução de tal objetivo, uma vez que estaria presente no próprio íntimo do homem. Essa teoria de base organicista levava em consideração o arquétipo do criminoso nato; causas morfológicas explicariam o cerne da violência.
Com o passar dos anos, Rousseau elabora uma teoria pautada em causas sociológicas . O meio ficaria responsável por explicar como o indivíduo se comportava em sociedade e a determinar certos tipos de transtornos : o gene da criminalidade tinha como base causas externas como a dificuldade financeira e as más condições de vida, por exemplo.
Hoje, a Criminologia transita entre teorias que buscam analisar não somente a atitude criminosa e o criminoso mas também a vítima. Não se atém ao perfil do criminoso delineado por causas físicas ou simplesmente por elementos de natureza social. Entende-se, portanto, a Criminologia como Ciência interdisciplinar (a biologia, a psicopatologia, a sociologia e a política dialogam com essa Ciência , por meio de fatos comprovados e argumentação) que se ocupa, inclusive, do controle social dos delitos.